A notícia era esperada,mas deixa sempre uma sensação de perda,tristeza e saudade.

José Silva Lopes foi um homem vertical,sempre exprimiu o que pensava mesmo que em contradição com outros pares,de forma educada,correcta mas com todas as justificações em que baseava as suas opiniões.

Atravessou todo o período já longo desde o 25 de Abril de 1974 até aos nossos dias.Foi determinante na condução da política financeira em momentos muito críticos,quer como Ministro,quer como Governador do Banco de Portugal ou à frente da Caixa Geral de Depósitos.

Ficara também sempre ligado aos períodos de intervenção e auxílio do FMI e o seu desempenho no sentido de ajudar a compreender as nossas peculiaridades e as nossas potencialidades foi determinante.
Ainda em Novembro último,numa Conferência da Ordem dos Economistas realizada na Gulbenkian,expôs com profundidade e sabedoria,o que pensava da conjuntura econômica e financeira portuguesa e dos resultados do memorando de intervenção a que tínhamos,enquanto país,estado sujeitos durante os anos anteriores.

Uma queda deixou-o há algum tempo com sequelas graves e hoje passou para o outro lado do espelho.

Mas,não vai sair da memória de quem o conheceu,com ele privou ou com ele aprendeu.

A Ordem dos Economistas agradece-lhe,nesta hora,as colaborações generosas que deu a tantas das nossas iniciativas e envia aos seus Familiares sentidos pêsames,

Lisboa,2 de Abril de 2015

P.S - As cerimónias funebres realizam-se na próxima quarta-feira, dia 8 de Abril, na Basílica da Estrela, em Lisboa.