Este número dos Cadernos de Economia distribuído em simultâneo com a realização do 6.º Congresso Nacional de Economistas, iniciativa que a Ordem dos Economistas levou mais uma vez a efeito nos dias 8 e 9 de Julho.
O tema escolhido para este Congresso foi “Portugal na encruzilhada da Europa: as empresas e o futuro da economia”. Economistas, gestores, investidores, professores universitários, quer nacionais quer internacionais, discutiram, numa abordagem sistemática, as principais soluções de melhoria da competitividade da nossa economia, quer a curto quer a longo prazo.
Efectivamente, Portugal foi uma das economias do mundo que menos cresceu na última década. Em igual período, a Europa foi o continente que menos cresceu e as estimativas que se conhecem apontam para níveis de crescimento muito baixos até 2020.
Reencontrado o equilíbrio externo, após a intervenção externa a que o País esteve sujeito nos últimos anos, resta-nos trabalhar para a produtividade e para a competitividade da economia, tirando partido das nossas capacidades e do nosso trabalho. Claro que sempre enquadrados por dois factores muito relevantes a nível geral: a evolução da demografia mundial e a globalização da economia.
Discutir as possíveis soluções da economia portuguesa e, simultaneamente, da economia europeia, perceber como melhorar a atractividade da economia e das empresas aos olhos dos investidores externos, identificar como é que as empresas portuguesas podem competir à escala global ou como ultrapassar as actuais dificuldades de financiamento foram razões justificativas, por si, para a realização deste Congresso.
Nas páginas desta edição dos Cadernos de Economia encontrarão alguns destes temas tratados por autores também, em geral, oradores convidados no Congresso e poderão confirmar algumas das propostas que foram apresentadas. Reunir um painel de nomes tão qualificados como aquele que foi apresentado durante os vários painéis do Congresso e que perpassa em todas as páginas destes Cadernos, justificam a presença e participação no evento e a leitura cuidada dos trabalhos aqui apresentados.
Rui Leão Martinho
