Proposta da Missão Crescimento - Salvar as empresas como na II Guerra Mundial
Publicado em Abr, 04, 2020

Contribuintes terão de entrar no capital das empresas para salvar os seus empregos.

 
Criar Fundos de Reconstrução Nacional — baseados no modelo alemão do pós-Segunda Guerra Mundial — é a proposta da associação Missão Crescimento, para salvar a tesouraria e o capital das empresas e o emprego dos portugueses face à crise provocada pela pandemia covid-19.
 

 
Contando com a participação do Estado e dos bancos, estes Fundos de Reconstrução Nacional podem servir de veículo para a canalização de investimento, público e privado, para o tecido empresarial hoje em acentuado processo de descapitalização.  

 
A proposta da Missão Crescimento — que pode ler na íntegra no Expresso online—é subscrita por Jorge Marrão, presidente da Associação Projeto Farol; Rui Leão Martinho, bastonário da Ordem dos Economistas; Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros; António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal e Paulo Carmona, presidente do Fórum de Administradores e Gestores de Empresas.  

 
"Se pudéssemos escolher apenas uma medida para implementar, optaríamos pela criação destes Fundos de Reconstrução Nacional", defendem. Estes fundos poderiam investir, por exemplo, em instrumentos de financiamento e capitalização das empresas, tais como obrigações convertíveis em capital, sem direito de voto. Outros instrumentos também se podem estruturar por forma a manter a propriedade privada e recuperar-se assim o capital perdido.  

 
Em casos muito específicos, os direitos de votos poderiam ser exercidos.  

 
Jorge Marrão explica porque as linhas de crédito já disponibilizadas pelo Governo não são a solução para fazer face à destruição de capital que as empresas podem vir a ter. "Isto não vai lá só com crédito. Os contribuintes terão de ser chamados a entrar no capital das empresas para salvarem os seus próprios empregos."  

 
Basta olhar para este exemplo concreto para perceber o que se está a passar: "Se uma empresa encerrar atividade por um período de três meses, sofrerá uma perda no seu capital estimada entre 4% e 6% por cada €100 mil euros de massa salarial só devido aos custos do lay-off, ou seja, sem outros custos fixos". 


Mais informações:  http://expresso.pt/opiniao/2020-04-03-Salvar-a-economia-como-na-II-Guerra-Mundial
 

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