.
ECONOMIC TALKS
Bretton Woods, Cabul, AUKUS: O que há em comum?
Participantes: Prof.ª Ana Brochado, General Luís Sequeira, Dr. Germano Almeida, Prof. António Rebelo de Sousa, Prof.ª Rosa Borges (Moderadora)
Dia: 14 de outubro, 18h00 – 20h00
Local: Sede da Ordem dos Economistas, Rua Ivone Silva, nº 6 – 5º - Edf. ARCIS – Lisboa
Em 15 de Agosto passado, assinalou-se a passagem do 50ª aniversário da suspensão unilateral da convertibilidade-ouro do dólar, decretada por Richard Nixon. Esta decisão abriu uma época de profundas transformações da economia mundial, cuja primeira expressão foi a crise económica internacional de 1973-1975, a primeira grande crise económica de expressão global período do pós-segunda guerra mundial, abrindo uma nova época de relações internacionais, que conduziriam a implosão do bloco soviético, no final dos anos 80, e à uniformização do modelo de economia global. No final deste mesmo mês de agosto de 2021, assiste-se a nova decisão unilateral dos Estados Unidos com a retirada das suas tropas do Afeganistão. E a 15 de setembro, os mesmos Estados Unidos, acompanhados do Reino Unido e da Austrália, anunciavam a criação de um novo pacto político-militar-tecnológico, com o objetivo assumido de conter a expansão do poderio da China na Ásia-Pacífico - o AUKUS , acrónimo dos nomes dos três países -, que permite à Austrália construir submarinos de propulsão nuclear, utilizar inputs fabricados localmente e ter acesso a tecnologia militar de ponta, algo até então impensável, mesmo entre aliados.
O que há em comum nestes três acontecimentos, para além de serem o resultado de decisões do governo americano? De que forma é que a coincidência entre o 50 º aniversário do fim do sistema monetário internacional de Bretton Woods e as decisões de saída do Afeganistão e de lançamento do AUKUS, podem traduzir uma constante estratégica dos Estados Unidos, no sentido de adaptarem às novas dinâmicas da economia global, procurando garantir a sua hegemonia? E a participação do Reino Unido nesta nova aliança: em que medida poderá ser uma tentativa de recuperar a sua influência global, no quadro do reforço de uma relação anglo-saxónica pós-Brexit? E a Europa, para além do sentimento de traição manifestado pela França, como reagirá? O que é que está verdadeiramente em marcha no sistema global?
Ainda em pleno contexto da recuperação dos efeitos económicos da Covid-19, estas recentes alterações do quadro do sistema de relações internacionais não deixarão de ter consequências profundas no modo como tudo irá evoluir, em particular no modo como a economia global irá funcionar.
Para discutir estas e ouras questões, convidamos um painel de especialistas diversificado.
A Profª Ana Brochado, docente e investigadora no ISCTE-IUL, especialista em regulação económica e inovação financeira, o General Luís Sequeira, Economista, o Dr. Germano de Almeida, especialista em política internacional dos Estados Unidos, o Prof. António Rebelo de Sousa, docente e investigador do ISCSP e Universidade Lusíada, especialista em economia internacional e geoeconomia e a Profª Rosa Borges, docente e investigadora do ISEG, especialista nas áreas de microeconomia e economia monetária.
Serão respeitadas todas as normas sanitárias em vigor, sendo necessário o uso de máscara protetora e o certificado de vacinação completa.
A sala tem limite, aplicadas as normas acima, de 60 pessoas.
A inscrição, gratuita mas obrigatória deve ser feita aqui.
A sessão será transmitida em direto via Zoom, sendo oportunamente enviado o respetivo link.
A Direção da DRCA
Local: Sede Ordem dos Economistas
Morada: R. Ivone Silva, 6 - 5ª - Edf. ARCIS - Lisboa