Contribuintes terão de entrar no capital das empresas para salvar os seus empregos.
Criar Fundos de Reconstrução Nacional — baseados no modelo alemão do pós-Segunda Guerra Mundial — é a proposta da associação Missão Crescimento, para salvar a tesouraria e o capital das empresas e o emprego dos portugueses face à crise provocada pela pandemia covid-19.
Contando com a participação do Estado e dos bancos, estes Fundos de Reconstrução Nacional podem servir de veículo para a canalização de investimento, público e privado, para o tecido empresarial hoje em acentuado processo de descapitalização.
A proposta da Missão Crescimento — que pode ler na íntegra no Expresso online—é subscrita por Jorge Marrão, presidente da Associação Projeto Farol; Rui Leão Martinho, bastonário da Ordem dos Economistas; Carlos Mineiro Aires, bastonário da Ordem dos Engenheiros; António Saraiva, presidente da Confederação Empresarial de Portugal e Paulo Carmona, presidente do Fórum de Administradores e Gestores de Empresas.
"Se pudéssemos escolher apenas uma medida para implementar, optaríamos pela criação destes Fundos de Reconstrução Nacional", defendem. Estes fundos poderiam investir, por exemplo, em instrumentos de financiamento e capitalização das empresas, tais como obrigações convertíveis em capital, sem direito de voto. Outros instrumentos também se podem estruturar por forma a manter a propriedade privada e recuperar-se assim o capital perdido.
Em casos muito específicos, os direitos de votos poderiam ser exercidos.
Jorge Marrão explica porque as linhas de crédito já disponibilizadas pelo Governo não são a solução para fazer face à destruição de capital que as empresas podem vir a ter. "Isto não vai lá só com crédito. Os contribuintes terão de ser chamados a entrar no capital das empresas para salvarem os seus próprios empregos."
Basta olhar para este exemplo concreto para perceber o que se está a passar: "Se uma empresa encerrar atividade por um período de três meses, sofrerá uma perda no seu capital estimada entre 4% e 6% por cada €100 mil euros de massa salarial só devido aos custos do lay-off, ou seja, sem outros custos fixos".
Mais informações: http://expresso.pt/opiniao/2020-04-03-Salvar-a-economia-como-na-II-Guerra-Mundial
Proposta da Missão Crescimento - Salvar as empresas como na II Guerra Mundial
Publicado em Abr, 04, 2020
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