O dia 8 de março foi adotado pelas Nações Unidas, desde 1975, como o Dia Internacional da Mulher. Trata-se de um dia de evocação da luta pelos direitos das mulheres cuja origem remonta ao final do seculo XIX.

Das primeiras celebrações, em 1909 nos EUA pelo direito ao voto e a 8 de março de 2017 na Rússia por melhores condições de vida e trabalho e pela paz na Europa, até aos dias de hoje foram muitas as lutas e as conquistas de várias gerações de mulheres e homens no campo da igualdade de direitos. Nos dias de hoje, apesar da consagração do princípio da Igualdade em Tratados e Convenções Internacionais e na Constituição da República Portuguesa (art 13º), sabemos permanecerem desigualdades estruturais nas práticas de vida que urge alterar e, no dia de hoje, pelo menos lembrar.

Hoje, dia 8 de março de 2022, nós, homens e mulheres economistas, temos consciência das diferenças remuneratórias e de condições de acesso ao mercado de trabalho que permanecem em Portugal e na Europa no exercício da profissão, temos consciência de que permanecem hoje, e apesar de todas as evoluções positivas, significativas diferenças de tratamento das mulheres jovens no mercado de trabalho, na forma como com elas se interage no ambiente de trabalho, no esforço em proporção maior que têm de fazer para se afirmarem como seres humanos de enorme valor e em condições de contribuírem, a par dos homens, para a valorização das empresas . Temos consciência e fazemos por mudar.

Hoje, como sempre, o Dia Internacional da Mulher é um dia de elogio à dignidade humana. Um dia de reflexão sobre as dificuldades de muitas mulheres, na sua afirmação, nos mais diversos palcos, como seres completos e de importância vital para o desenvolvimento harmonioso das sociedades. Um dia de esperança na mudança de atitudes e ações de todos nós num mundo que se ambiciona livre, justo e solidário!

Margarida Mano,
Maria Rosa Borges
Marta Mariz