Os semicondutores são um insumo crítico para a produção de tecnologia de informação e comunicação e muitos outros bens. As principais economias querem ser capazes de produzir chips em casa para evitar a dependência excessiva das cadeias de fornecimento num mundo cada vez mais imprevisível, onde o comércio está a ser comprometido por questões de segurança nacional. (...) A experiência da China oferece várias lições. Em primeiro lugar, o fabrico de chips requer investimentos maciços em ativos fixos e, portanto, grandes subsídios, mas sem garantia de sucesso. Em segundo lugar, uma razão para os resultados dececionantes da política de semicondutores da China é a contenção dos EUA, por meio de controles de exportação e outras medidas. A este respeito, a UE deve achar mais fácil do que a China atualizar a sua indústria de chips, mas, dados os custos, focar na parte mais alta da cadeia de abastecimento seria a melhor abordagem. A montagem e produção de semicondutores de baixo custo já enfrenta excesso de capacidade, dados os recursos financeiros já investidos pela China.
Por: Alicia Garcia Herrero
Fonte: Bruegel, em 22 de Novembro de 2022
https://www.bruegel.org/policy-brief/lessons-europe-chinas-quest-semiconductor-self-reliance